Terça-feira, 8 de Dezembro de 2009

Prendas

Isto parece a mensagem de Natal da presidência da República: é só uma vez por ano...

Desculpem pela ausência prolongadíssima, mas as reecuperações, às vezes, custam-nos tempo e algumas das nossas actividades favoritas...

 

Mas the end à intro a tresandar a mofo.

Nesta altura do ano andamos todos à voltas com o que vamos oferecer a familiares e amigos. Não interessam as nossas convicções religiosas, ou falta delas. Certo é que nesta altura há qualquer coisa no ar que sobe, imperceptível, à superfície da indiferença dos dias.

 

Aquele "não sei quê", que nos lembra a nossa atitude de crianças pela vida e que fazia dela nossa amante. Com paixão, com amor, com solidariedade, com tanta coisa boa!...

Eu tento adequar boas leituras aos gostos das pessoas.

É que muito serve para se ler, não se lêm só livros.

E sosseguem, meus amigos, eu não ofereço as contas...

Para já, ofereço este poema de Luís Fernando Verísimo.

 

LER

 

Ler é o melhor remédio!

Leia jornal,

Leia outdoor,

Leia letreiro em estação de trem,

Leia os preços do supermercado,

Leia alguém!

Ler é a maior comédia!

Leia etiqueta jeans,

Leia histórias em quadrinhos,

Leia a continha do bar,

Leia a bula do remédio,

Leia a página do ano passado perdida no canto da pia enrolando chuchus…

Leia a vida!

Leia os olhos, leia as mãos. Os lábios e os desejos das pessoas…

Leia a interacção que ocorre ou não entre física,

geografia, informática, trabalho miséria e chateação…

Leia as impossibilidades,

Leia ainda mais as esperanças,

Leia o que lhe der na telha,

Mas leia, e as ideias virão!

 

Luís Fernando Veríssimo

 

publicado por Cristina Mouta às 16:44
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Sexta-feira, 12 de Setembro de 2008

Um dos maiores perigos do mundo

A nossa vida conhece algumas condições de tipo E.L.E. ( Extinction Level Event - traduzindo a esmo, acontecimento de tal magnitude que provoca extinção). Uma delas é a ignorância.

E se ela "junta os trapinhos" com o medo...

UAU! Aí temos MESMO formas de ultrapassar o trauma do imenso aborrecimento de lidar com uma vida digna e preenchida positivamente.

Mas eu prefiro uma vida cheia e digna. Uma vida dura de escolhas (sim, termos de fazer escolhas e responsabilizarmo-nos por elas é mesmo duro...).

Muitos dos que detêm nas mãos os destinos deste mundo preferem-nos na mesma condição que eles: com medo e na ignorância. Mas como são eles quem detem o poder coactivo nas mãos, a balança parece sempre dar-lhes mais capacidade de se aguentar. Será mesmo?

Eu não acho. Nós não somos robots. No nosso projecto esse nao foi um item do caderno de encargos. Pelo contrário...

Não repararam que há sempre uma luz ao fundo do túnel humano a espalhar-se?...

Não se espalha ela também pelas pareds, pelas páginas de um bloco de notas solto ao vento?...

 

Porque pensam que os "mandões" têm tanto medo?...

Vejam isto...

 

 

publicado por Cristina Mouta às 11:45
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Segunda-feira, 24 de Dezembro de 2007

Seminário sobre disponibilizar informação na web: problemática e desafios II

 As minhas perplexidades

Agora o que mais estranhei foi que, talvez porque a organização era basicamente do CPF, todos falaram muito em fotografia, mas ninguém quis realmente saber nada acerca dos desafios e dos problemas que se enfrenta quando se quer divulgar material na web! Especialmente no que diz respeito a projectos em maior escala. Dos constrangimentos legais, então, nem falar.
Aliás, até ouvi uma assistente dizer alto e bom som, que com ferramentas como o Google Earth se podia dar a volta às proibições legais de fotografar e conseguir fixar por outras formas imagens de edifícios referentes à defesa nacional (quarteis, etc)!
Afinal ali estava a discutir-se como dar a volta a leis, que nem sabemos muito bem como funcionam porque as senhoras juristas disso se encarregaram, e em segundo lugar de sermos vistos. Isso sim.
Suponho que a sensação de estar num OVNI seja parecida com a que senti.

No fundo, os profissionais continuam a ter imensas dúvidas acerca das novas ferramentas digitais e respectiva regulamentação. Mas parecem preferir continuar as lamúrias, em vez de fazer perguntas concretas, a sério, sobre os problemas que têm no dia-a-dia. Pior ainda, apesar de saberem que certas práticas são ilegais por definição já antes do uso das novas TIC, parecem não se sentirem minimamente obrigados  à legalidade. Mas este último ponto, suponho que seja só no sentido deles para fora, porque estou mesmo a imaginar a "peixeirada" se alguém lhes tocar num direito, por mínimo que seja.

Saí com a nítida sensação de que uma grande parte dos que me rodeava estavam perfeitamente alheados dos problemas, que não são fáceis, e não se preocupavam minimamente com isso.

Deve ser frustrante organizar um seminário para ajudar os colegas a ultrapassar os novos problemas, que surgem diariamente, e não são fáceis de lidar, e deparar com uma assembleia de, desculpem-me os mais interessados, verdadeiros monos. Não deve deixar muita vontade de continuar a fazer tentativas de actualização de conhecimentos, porque o problema há-de ser sempre o mesmo: quem quer aprender está com atenção, lê, preocupa-se, ouve com interesse os oradores tira as dúvidas que tem e aprende; a maioria acha que o problema da factura de uma tal de AGECOP é do homem que foi reparar a máquina das fotocópias.
publicado por Cristina Mouta às 02:43
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